domingo, 8 de setembro de 2013

Enquanto o domingo durar

Domingo amanheceu leve. Ou eu acordei leve no fim da manhã de domingo. Talvez seja a tequila ainda passeando no meu sangue; talvez seja o peso que esqueci (ainda bem!) de trazer de volta pra casa.

O sol calmo entra pela janela do quarto, trazido pela brisa que balança as cortinas rendadas. O cheiro de casa limpa mostra que alguém acordou mais cedo e botou tudo em seu devido lugar, mudando algumas coisas aqui e ali e jogando outras fora.

Talvez seja verdade que nada dure pra sempre, mesmo que as promessas da etiqueta digam o contrário. Talvez as coisas acabem assim como começaram, especialmente se começaram de um susto. Algumas outras coisas precisam ser esquecidas em um canto escuro do quarto para que, quando reencontradas, voltem a ter seu valor. Ou despertem ainda maior estima.

Eu espero te reencontrar em qualquer canto.

E que sejamos, mais uma vez, como fomos.


Até lá, aproveitarei o meu domingo enquanto ele durar nesse clima amigável. Enquanto a calma não me tirar do sério; enquanto eu puder; enquanto eu não precisar colocar meus pés pra fora de casa. Aproveitarei o meu domingo enquanto a segunda-feira não chegar com você e todo o seu movimento.