É hora de chorar.
Pode parecer errado, num primeiro momento, mas chegou a hora de sofrer. E de colocar esse sofrimento pra fora. Chega de ficar guardando tudo pra si. Chega! Junte tudo o que te magoa, no momento; junte tudo no coração, e não resista ao impulso. E chore.
Deixe que as lágrimas lavem a sua alma. Deixe que caiam mais salgadas do que nunca, temperadas com a dor do seu coração. Livre-se do mal.
Chore. E feche os olhos, sob a água do chuveiro, e imagine a chuva. A chuva que vem e lava. Lava tudo, e leva a sujeira pra longe, e a derrama longe da sua vista, do seu alcance. Que a torne, a sujeira, invisível. Que te torne intocável.
As lembranças da dor - os ecos dos trovões dessa tempestade - ainda vão te assombrar por um tempo, é certo. Não vai ser fácil, mas também não precisa ser tão difícil. E, tal qual chuva, o sofrimento não pode ser controlado - nem tente!
Sofra sozinho, no escuro do seu quarto, no frio da cama, inundando o travesseiro. Mas também sofra acompanhado. Não queira parecer forte - não é hora. Apoie-se nos ombros que se mostram amigos. Chore neles. As lágrimas de dor vão se misturar com aquelas, mais doces, que vêem do alívio. Enquanto o sofrimento sai, o coração se inunda de carinho. O calor de um bom abraço vai aquecer a sua alma, e ajudar a eliminar a dor.
Não é esquecer, a questão. É aprender; superar. Já que dói, sofra. Não vai, e não pode!, doer pra sempre.
Depois, ao fim da chuva, e só quando tudo acabar, levante. Erga a cabeça, seque os olhos, e siga o seu rumo. A vida continua.
Sorria. Agora, é hora de sorrir.
domingo, 18 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Confiança
Eu confiei tanto em você.
Pode parecer exagero, agora, mas eu confiei a minha vida a você. Mas não sei se ainda acredito no que pode fazer por ela. Sei que seu amor é forte. Dizem ser o mais forte que um ser-humano é capaz de sentir, de suportar, e estou confiando nisso.
Amor.
Mas eu queria mais. Por que você não pode me entender, e me abraçar, me dizer que está tudo bem, e que tudo ainda vai melhorar?
Por quê?
Por que você não pode me aceitar, de uma vez, me levar pela mão, e me ajudar a enfrentar todo esse terrível mundo lá de fora, que você tanto faz questão de ressaltar?
No fundo, eu ainda confio.
Eu quero confiar.
Em você.
Em mim.
No amor.
Confiança.
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